CARDIOLOGIA

Os animais de estimação também estão sujeitos a doenças do coração, cujas causas são diversas. Muitas delas vão se instalando lentamente como a hipertensão arterial (pressão alta), cardiomiopatia dilatada e cardiomiopatia hipertrófica e, em seu curso temporal, podem não apresentar sintomas.

Entretanto, a grande maioria leva a um quadro clínico conhecido como Insuficiência Cardíaca, no qual o coração perde a capacidade de bombear o sangue numa quantidade e velocidade adequadas à necessidade do organismo. Nesse estágio, são comuns os sintomas de tosse seca, cansaço fácil, arroxeamento das mucosas (cianose) a até desmaios.

Contamos com o que há de mais moderno em aparelhagem para monitorização do paciente: frequência cardíaca (batimento cardíaco por minuto), frequência respiratória (movimento respiratório por minuto), oximetria (quantidade de oxigênio), eletrocardiograma (ritmo do coração), pressão arterial invasiva e pressão arterial não invasiva (pressão sistólica, pressão média e pressão diastólica), capnografia (perfusão pulmonar e ventilação pela quantidade de CO2), dentre outras.

Antigamente, a Medicina Veterinária não dispunha de especialistas e de meios diagnósticos para diferenciar as mais diversas patologias cardíacas, induzindo a tratamentos nem sempre eficazes.

No entanto, graças ao avanço tecnológico, os médicos veterinários já podem contar com exames sofisticados para o diagnóstico correto das patologias cardíacas, como Ecodopplercardiograma, Eletrocardiograma e Holter.

Cada exame fornece uma gama de informações que se complementam e auxiliam o clínico de pequenos animais a escolher o tratamento mais adequado, diminuindo significativamente o uso incorreto de medicações por falhas num diagnóstico impreciso.

Há diversas indicações clínicas para uma avaliação completa, por exemplo:

  • Avaliação pré-cirúrgia;
  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Desmaios e Convulsões;
  • Arritmias;
  • Tosses Secas;
  • Arroxamento de mucosas (cianose
  • Intolerância e Exercícios;

Além dessas indicações, devemos levar em conta a idade e a predisposição racial às doenças do coração. A avaliação cardiológica deve ser feita anualmente, a partir dos 6 anos de idade nos animais de estimação, mesmo sem a presença de sintomas.

Afinal de contas, PREVENIR É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO!

PERGUNTAS FREQUENTES

Sim, o desmaio de origem cardíaca é chamado de síncope e pode ter diversas causas, entre elas: arritmias, hipertensão arterial pulmonar e hipóxia. Consulte seu clínico para direcionar os exames precisos ao diagnóstico.

Sim, cães em condições fisiológicas normais, sem estresse e em conforto térmico, devem respirar até 32 vezes por minuto; se estiverem respirando acima dessa frequência, pode estar sentindo falta de ar. Consulte seu clínico para um diagnóstico preciso.

Sim, os principais sintomas da maioria dos problemas de coração são: tosse, intolerância ao exercício, falta de ar e, às vezes, desmaios. Se seu pet está tossindo, o ideal é que um clínico faça uma avaliação para diferenciar tosse de origem cardíaca ou pulmonar. Para tanto, ele solicitará alguns exames, como: ecodopplercardiograma, raio X, exames de sangue e eletrocardiograma.

Os cães podem ter doenças cardíacas muito parecidas com as dos humanos, porém, o infarto em cachorros é muito raro e, se ocorrerem, não têm tantas consequências como nos humanos. O coração do cães é bem mais vascularizado e, se um artéria começa a entupir o organismo, trata de fazer uma neovascularização.

A pressão alta não é exclusividade dos humanos; pets também podem apresentar pressão alta. Entretanto, a hipertensão nos pets, geralmente, é secundária à alguma doença que está causando a pressão alta, entre elas: insuficiência renal, hiperadrenocorticismo, diabetes, insuficiência cardíaca e feocromacitoma.

Sim, todas as vezes que formos anestesiar um pet, temos que saber a real condição em que está o seu organismo para escolhermos o melhor anestésico a ser utilizado, além de todos os demais cuidados no pós-cirúrgico.